Sobre as fontes de vitamina D3 na dieta, é possível obter a vitamina D de duas formas, pela via dietética ou pelo sol. Atualmente, diversos estudos mostram que os níveis de vitamina D nas pessoas, está longe de ser o ideal em todo o mundo. Isso ocorre principalmente pela falta de exposição solar ou até mesmo pela falta de sol em países dos extremos norte e sul do mundo. Por outro lado, em países onde há maior incidência de raios solares, isso ocorre, pois a maioria das pessoas tenta fugir do sol, com hábitos de vestuário e outros que evitam a luz solar.
Baixos níveis de concentração sérica de 25-hidróxi-colecalciferol foram encontrados em todas as faixas etárias na América do Norte e em diferentes locais da Europa, indicando deficiência dessa vitamina. A única forma de suprir essa deficiência, sem ser com a exposição solar, é a suplementação via dietética, mas mesmo assim, não é semelhante à exposição aos raios UV. Porém, em locais com pouca luz solar, é o único meio de tentar suprir essa deficiência.
Fontes alimentares de vitamina D
Tanto a vitamina D2 quanto a D3 podem ser encontrada nos alimentos, sendo que a primeira pode ser encontrada em alguns tipos de cogumelos selvagens, onde é convertido em ergocalciferol (D2) a partir da pró-vitamina ergosterol presentes nesses fungos. Por outro lado, a colecalciferol (D3) pode ser encontrada em alimentos de origem animal. Essas duas fontes de vitamina D diferem uma da outra na cadeia lateral da sua fórmula química. Essa diferença faz com que a vitamina D3 seja absorvida com muita mais eficiência que a vitamina D2 no intestino, sendo preferível a sua suplementação.
Alimentos fonte de vitamina D são identificados a partir de estudos que avaliam a atividade dessa vitamina nos alimentos. Antigamente eram feitos por meio de bioensaios, como em roedores, mas agora o método mais utilizado é a cromatografia líquida de alta eficiência. Porém, a atividade dos metabólitos presente nos alimentos deve ser medida e levada em consideração, sendo que alguns metabólitos podem contribuir para a atividade da vitamina D em alguns alimentos, como nos peixes.
Apesar de tudo isso, sabe-se que um número limitado de alimentos contêm naturalmente vitamina D. As boas fontes dietéticas de vitamina D que podem ser utilizadas para tentar suprir a deficiência são:
- Peixes gordurosos de água fria e profunda, como atum, salmão e bacalhau;
- Vísceras, como fígado, contendo pequena quantidade de vitamina D3;
- Gema de ovo de peixes, não apenas os gordurosos;
- Cogumelos selvagens, contendo vitamina D2.
É importante ressaltar que em alguns países como Estados Unidos e Canadá fazem fortificação de alimentos com Vitamina D, para tentar diminuir a incidência de deficiência nas pessoas. Essa intervenção pode ser uma opção de política pública para tentar diminuir a prevalência e incidência de deficiência de vitamina D. Os principais alimentos fortificados são o leite, cereais matinais, margarina e suco de laranja.
Porém, ao analisar os alimentos que podem ser boas fontes de vitamina D dietética, percebemos que não são alimentos comumente consumidos pela população em geral, especialmente pela brasileira, e por isso, na maior parte das vezes se opta pela suplementação da vitamina D3.
➤ Referências Bibliográficas:
LAMBERG-ALLARDT, Christel. Vitamin D in foods and as supplements. Progress in biophysics and molecular biology, v. 92, n. 1, p. 33-38, 2006.
MATTILA, Pirjo. Analysis of cholecalciferol, ergocalciferol and their 25-hydroxylated metabolites in foods by HPLC. University of Helsinki, 1995.
TRANG, Hoang M. et al. Evidence that vitamin D3 increases serum 25-hydroxyvitamin D more efficiently than does vitamin D2. The American journal of clinical nutrition, v. 68, n. 4, p. 854-858, 1998.
